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02 novembro 2013

Mudar um pouco... é bom, não é?


Eu sei que ultimamente tenho me distanciado um pouco do assunto principal do blog, eu preciso me desculpar, mas no momento não creio que poderei voltar atrás. Estou me apaixonando por outras coisas, minha vida não é só animes, doramas, musica asiática, bem, Otakices em geral, creio que estou realmente me encontrando agora. Mudar é bom, não é? O importante pra mim agora é não começar a "postar por obrigação".
Eu sei que vou perder seguidores, por que digo isso? Por que isso vem acontecendo muito. Mas não me importo, meus seguidores são importantes pra mim, muito, todos os 170, mas pra mim é apenas um número, sei que muitos deles nem visitam mais o blog, nem lembram mais que existe, então não faz muita diferença. Os que realmente gostam do blog vão continuar visitando mesmo que esse gadget não exista, não é? Vou parar de postar Otakices, não, é impossível pra mim, mas as pessoas que gostam do blog terão que aturar as varias mudanças de humor dessa blogueira louca.

Estou lendo um livro que peguei na biblioteca da escola, faz tempo que não leio e confesso que nunca fui muito fã da leitura, creio que porque não encontrava algo que realmente me atraísse em muitos livros. No entanto eu mudei meu ponto de vista a dois dias atrás. Meu professor de literatura separou grupos na sala e cada grupo ficou com um cronista brasileiro, a minha foi a Martha Medeiros. No mesmo dia fui a biblioteca e peguei um livro dela (Non-Stop), e, nossa, como eu me senti bem lendo esse livro. Ainda não acabei, mas estou quase no fim, não paro de ler, fico grudada nele, rezando pra aula acabar logo e eu ir logo para algum patio verde e me deitar lá o resto da tarde para ler esse livro, meu sorriso vai de orelha a orelha e eu me pego abraçando-o toda a hora. Agora que estou quase terminando de lê-lo estou ansiosa pela segunda-feira que está por vir, creio que nunca esperei tanto por uma segunda-feira... Mal posso esperar de ler Non-Stop e ir até a biblioteca iniciar Doidas e Santas, e depois, que venham muitos outros autores.


A Morte Devagar

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja quem não lê quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

_ Martha Medeiros

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